Salário elevado não é o suficiente para atrair e reter talento

O equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é tão valorizado como o salário, sendo este um fator decisivo no momento de procurar novas oportunidades de trabalho.

Uma análise revelada esta segunda-feira, dia 6 de junho, pelo CEMS, uma aliança global composta por mais de 30 universidades e escolas de gestão, a qual integra a Nova SBE, indica que, no momento de procurar e considerar novas funções ou empregos, o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é tão valorizado pelos profissionais como o salário, apresentando-se como fator decisivo.

Embora o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e o salário tenha tido a mesma classificação na amostra total, composta por 4206 profissionais oriundos de 75 países, os profissionais com mais de 35 anos afirmaram valorizar mais o primeiro fator em detrimento do segundo.

No que se refere aos recém-licenciados e profissionais mais jovens, o salário admite uma maior expressividade.

Ainda em matéria de pontos-chave considerados na procura por uma nova função dentro da sua própria empresa ou noutra, os inquiridos escolheram a opção “uma progressão rápida na carreira” e a “oportunidade de gerar impacto global numa fase inicial” em terceiro e quarto lugar, respetivamente.

Nicole de Fontaines, diretora executiva da CEMS, refere que “para profissionais de todo o mundo, embora o salário seja sempre um fator importante, não é determinante. Alcançar um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e ter a oportunidade de gerar impacto numa função é mais importante do que nunca, para colaboradores de todas as idades”.

Também a oportunidade de viajar pelo mundo surge entre os cinco principais fatores que influenciam as decisões dos profissionais mais jovens, na casa dos 19 aos 25 anos. Contudo, este não aparenta ser um ponto importante para outras faixas etárias, que revelaram dar mais importância a uma “liderança inspiradora”.

Numa altura em que atrair e reter talento é o principal desafio para as empresas, a responsável afirma ser fundamental que “as organizações ouçam atentamente o que os profissionais mais desejam e ajam de acordo com isso”, uma vez que só seguindo estes passos, conseguirão “obter uma vantagem competitiva”.

Relativamente aos profissionais em início de carreira, Nicole de Fontaines conclui que “tal significa oferecer oportunidades para trabalharem em projetos que geram impacto global real, em simultâneo, em que se reconhece a sua necessidade de ter uma vida para além do trabalho”.

Fonte: Redação

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