Restaurantes pedem ao Governo redução do IVA para 6% para combater a inflação

Presidente da Associação Nacional de Restaurantes considera descida do UVA essencial para enfrentar a inflação das matérias-primas e das energias e combustíveis.
O presidente da Associação Nacional de Restaurantes (Pro.Var) apelou nesta sexta-feira ao Governo para reduzir o IVA da restauração de 13% para 6%, para fazer face à inflação das matérias-primas e das energias e combustíveis.

“Neste momento é absolutamente crucial que o governo reduza o IVA da restauração de 13% para 6%, porque com esta pressão toda (…) já estamos a assistir a muitos restaurantes a encerrar e muitos outros estão com extremas dificuldades”, declarou Daniel Serra, presidente da Pro.Var.
Segundo Daniel Serra, a situação é “mesmo muito grave” e por isso a associação Pro.Var vai reunir com empresários do setor na próxima terça-feira e os temas são a “pressão inflacionista” e a criação de “medidas” para responder a crise do aumento de preços relacionado com a guerra na Ucrânia.
Uma central de compras pode ser uma das soluções, avançou à agência Lusa Daniel Serra, explicando que tal serviria para proteger a restauração nas ‘commodities’” (bens que não sofrem processos de alteração ou que são pouco diferenciados, como frutas, legumes, cereais, azeites, óleos, açucares, entre outros).

Seria uma forma de “pressionar para que os grandes grupos também não abusem da posição dominante que têm, acrescentou.
Segundo Daniel Serra, a escassez ou a previsão de escassez de algumas matérias-primas, “essencialmente farinhas, azeite e óleo”, está a levar os empresários do setor retalhista e grossista a “açambarcar” esses produtos para armazéns, acusa Daniel Serra, apelando ao Governo para que haja com fiscalização e controlo através da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
O Governo vai apresentar na próxima segunda-feira aos grupos parlamentares e deputados únicos de partidos as linhas gerais da sua proposta de Orçamento do Estado para 2022, documento que o primeiro-ministro adiantou que será divulgado na próxima semana.

Fonte: Observador

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